Contratar um advogado para sua aposentadoria é uma tarefa difícil. Principalmente, pela quantidade de profissionais espalhados por aí.
E sabemos que muitos deles podem não ser os mais adequados para resolver o seu problema no INSS ou regime próprio.
No entanto, eu vou te dar uma luz por meio de 7 dicas que separei especialmente para você, logo abaixo.

São dicas de anos de experiência na área de aposentadorias. E elas ajudarão com que você não caia em ciladas.
Desta maneira, você conseguirá contratar os serviços do melhor advogado para o seu caso.
Curioso para conhecer essas dicas? Continue comigo, aqui no conteúdo, que você entenderá:
O que faz um advogado especialista em INSS e aposentadorias?
A maioria dos advogados busca especialização em uma das várias áreas do Direito.
Por exemplo, existem profissionais de áreas como:
- Direito de Família;
- Direito do Consumidor;
- Direito Penal;
- entre outras especialidades.
Com a área do Direito Previdenciário, a situação não é diferente.
O advogado especialista em INSS é o previdenciário (ou previdenciarista).
É ele que tem conhecimento sobre a Previdência Social do Brasil, além de todas as especificidades que essa área carrega.
Na prática, o advogado previdenciário cuidará, por exemplo, de:
- Aposentadorias;
- Auxílio-Doença e Aposentadoria por Invalidez;
- Pensão por Morte;
- Salário Maternidade;
- Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Contribuições em atraso;
- Correção do CNIS;
- Realização de planos de aposentadoria.

Dá para perceber que são muitas coisas.
Por esse motivo, alguns advogados previdenciários cuidarão, somente, de aposentadorias ou Benefícios por Incapacidade, por exemplo.
Além disso, os profissionais poderão ser especialistas em um único regime previdenciário.
Para você entender melhor, te explico que existem “tipos” de Previdência aqui no Brasil.
Vou deixar o exemplo dos principais Regimes Previdenciários:
- Regime Geral de Previdência Social (RGPS): gerido pelo INSS. É o regime de previdência direcionado aos trabalhadores da iniciativa privada (maioria dos trabalhadores brasileiros);
- Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): gerido pelos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É o regime da previdência direcionado aos servidores públicos (federais, estaduais, distritais e municipais);
- Regime Militar: gerido por cada estado brasileiro. É o regime de previdência direcionado aos militares.
Cada tipo de Regime terá as suas regras específicas. Com isso, será tarefa do profissional estudar e ficar sempre atualizado.
Então, quando falo de um advogado especialista em INSS, me refiro aos profissionais que saberão sobre as regras do Regime Geral de Previdência Social.
Mas, também, existirão os que entendem do Regime Próprio e do Regime Militar.
Explicado isso, passo às dicas de ouro para você não cair em ciladas com advogados.
Vamos lá?
Dica 1: verificar a especialidade do advogado
Como acabei de falar, o advogado poderá se especializar em várias áreas do Direito.
E, mesmo assim, dentro de cada uma dessas áreas, poderão existir especificidades.
Como citei, o advogado poderá optar por mexer somente com aposentadorias, pensão por morte, entre outros benefícios do Direito Previdenciário.
Portanto, a primeira dica será você verificar qual é a especialidade do seu advogado.
Quanto mais específico ele for, melhor ele será.
Você não quer que um advogado sem experiência no Direito Previdenciário trate do seu caso, né?
Então, vamos imaginar que você tenha pensado em realizar um Plano de Aposentadoria.
Com esse Plano, o seu objetivo será conhecer todas as alternativas para obter o melhor benefício quando a chegar de solicitar a aposentadoria.
Para isso, você precisará de um advogado previdenciário especialista neste serviço.
Poderá ser, até, que um profissional especializado em Pensão por Morte entenda de Plano de Aposentadoria.
Porém, como o Plano de Aposentadoria não é o foco desse advogado, talvez ele não seja a melhor opção.
O ideal será você pesquisar se esse profissional tem alguma especialidade dentro do Direito Previdenciário.
E, depois, será importante verificar se ele tem uma experiência focada no objetivo que você procura. Ou seja, em Plano de Aposentadoria.
Vamos em frente 🙂
Dica 2: pesquisar OAB, redes sociais e endereço físico
Outra dica de ouro será você pesquisar tanto sobre o advogado, quanto sobre o escritório de advocacia onde ele atua.
Essa pesquisa poderá ser realizada, facilmente, na internet.
Você poderá entrar no Cadastro Nacional de Advogados (CNA) e verificar se o profissional é, de fato, um advogado.

No CNA, também existirá a informação se o profissional pertence, ou não, a uma sociedade de advogados.
Vou dar um exemplo:
Ao pesquisar pelo nome da fundadora, aqui do Ingrácio Advocacia, a Doutora Aparecida Ingrácio, encontrei o seguinte resultado:

Perceba que a situação da OAB da Doutora Aparecida está regular.
Também, note que existirá uma aba superior, ao lado da palavra “Ficha”, que se chama “Sociedade”.
Caso o advogado faça parte de uma sociedade de advogados, essa informação estará presente no registro do CNA.
Confira:

Você, inclusive, poderá pesquisar se o advogado ou o escritório possuem redes sociais e um endereço físico para o atendimento de clientes.
Com o avanço da tecnologia e dos contatos virtuais, certamente existirá a possibilidade de atendimento a distância.
Clientes exigentes, contudo, sentirão mais confiança quando houver a possibilidade de eles irem até o escritório físico, com o atendimento presencial, cara a cara com o advogado.
No Ingrácio, por exemplo, além do atendimento à distância, também temos um endereço físico, em Curitiba:

Além disso, será importante que o advogado tenha redes sociais, tais como:
- Youtube;
- Instagram;
- Site próprio;
- Blog.
Normalmente, os clientes vão querer “confirmar a identidade” do advogado, perante o público.
Dica 3: verificar se o profissional compartilha conteúdo na internet
Surfando um pouco na onda da última dica, explico essa outra.
Se o advogado ou o escritório forem de confiança, eles terão redes sociais em que compartilharão conteúdos que passam valor.
Eu faço referência a artigos ou a publicações que tenham a capacidade de ensinar a população sobre os seus direitos.
Para isso, será bacana pesquisar se o profissional tem um blog com um número considerável de artigos, assim como com informações relevantes.
Ademais, um advogado ou um escritório que publica vídeos no Youtube tende a gerar ainda mais confiança em seus serviços prestados.
É um bom modo de ele se aproximar de você, não acha?
Dica 4: verificar as avaliações e recomendações do profissional no Google
Um bom advogado ou escritório previdenciário também terá ótimas avaliações no Google.
Sabe, por exemplo, quando você tem dúvidas sobre qual serviço de telefonia contratar?
Nesta situação, eu imagino que você jogará o nome da empresa no Google e verificará o que as pessoas têm comentado sobre a qualidade dos serviços dela.
Não é mesmo?
Quando você precisar do auxílio de um escritório ou de um advogado, a situação será quase a mesma.
Então, será muito importante você verificar a nota e os comentários deixados para esse profissional, no Google.
Isso fará você ter acesso a uma avaliação dos serviços prestados.
Por exemplo, aqui no Ingrácio possuímos a nota de 4,9 de 5 e mais de 300 comentários.

Outra dica muito importante: confira se os comentários deixados para o profissional que você está pesquisando não foram feitos por robôs (fakes).
Esses comentários deverão ser escritos por uma pessoa com nome, sobrenome e uma foto de perfil “convencível”.
Geralmente, os perfis fakes (falsos) têm somente um nome e não apresentam foto.
Preste atenção nisso.
Para fechar essa dica, recomendo que você sempre tenha recomendações de advogados ou escritórios de Direito Previdenciário.
Além das recomendações online, pergunte aos seus amigos ou a colegas advogados sobre a reputação do profissional a ser contratado.
Indicações dos serviços de advogados/escritórios farão bastante diferença.
Dica 5: não feche contrato sem a apresentação de cálculos
Todo advogado previdenciário deverá saber fazer cálculos. Ponto.
Se não souber, não será um especialista no assunto. Simples assim.
Digo isso, porque realizar cálculos de benefícios previdenciários é algo bastante complexo.
Muitos se enganam que não precisamos usar a matemática dentro da nossa área, hehe.
Portanto, um bom profissional estará sempre em constante atualização e saberá como calcular uma provável aposentadoria para o seu cliente, por exemplo.
Então, não confie no profissional que não te apresentar os cálculos na hora de fazer uma Consulta Previdenciária ou um Plano de Aposentadoria.
Fazer esses cálculos será de extrema importância para que você saia do atendimento com todas as projeções existentes para o benefício pretendido.
Assim, você evitará uma dor de cabeça, pois terá noção do quanto poderá receber.
Exemplo:
Imagine a seguinte situação: você está perto de se aposentar e pretende realizar um Plano de Aposentadoria.
- Expectativa: após contratar um advogado “não previdenciário”, ele informa que, caso você recolha de determinado modo, terá uma aposentadoria de R$ 4.000,00 por mês, no futuro.
- Realidade: quando você preenche os requisitos para o benefício, é concedida uma aposentadoria de R$ 3.100,00 por mês.
Ninguém quer isso, não é mesmo?
Com um excelente advogado previdenciário, experiente em Plano de Aposentadoria, tudo isso seria evitado.
Sabe por quê? Porque um bom profissional sabe fazer cálculos.
Viu só como saber de todas essas informações é muito importante?
Dica 6: cuidado ao escolher apenas pelos honorários
Caso você não saiba, os honorários serão os valores pagos pelos serviços prestados por cada advogado.
Assim como todo serviço, os valores para a contratação de um profissional em Direito Previdenciário poderão variar, e muito.
Quanto maior a experiência do advogado, maior poderá ser o valor dos honorários.
Mas muito cuidado ao escolher um profissional previdenciário apenas pelo valor do serviço.
Com certeza você já fez a cotação de diversas pessoas para o mesmo serviço.
Enquanto alguns preferem a agilidade na entrega, outros optam pela qualidade, assim como há aqueles que escolhem um profissional pelo preço.
Porém, quando falamos de benefícios previdenciários, você deverá ser mais rigoroso.
O benefício previdenciário diz respeito a algo que poderá ser seu pelo resto da sua vida.
Exemplo:
Imagine que você tenha contratado o advogado mais barato para cuidar do seu processo judicial de aposentadoria.
Apesar do preço, o profissional não é especialista em Direito Previdenciário, tem poucas recomendações no Google e, ainda por cima, não sabe fazer cálculos corretos.
O resultado será evidente. Ou o seu benefício não será concedido, ou, então, ele será concedido com valores abaixo do esperado.
A aposentadoria é um benefício que você receberá pelo resto da sua vida. Lembra?
Você acha que não valerá o investimento em um bom profissional para cuidar do assunto?
Existem milhares de advogados espalhados pelo Brasil.
Com certeza, você poderá achar um que te cobrará um preço justo.
Até que ponto isso te ajudará a conseguir o pretendido? Pense comigo!
Aliás, eu te aviso que existirá um valor mínimo e um valor máximo que o advogado deverá cobrar em relação aos serviços prestados.
Os valores são regulamentados pela OAB de cada estado através da tabela de honorários.
Caso você queira saber mais sobre quanto cobra um advogado previdenciário, temos um conteúdo em que explicamos tudo sobre o assunto: Quanto Cobra um Advogado Previdenciário? | Tabela da OAB.
Dica 7: faça uma busca para ver os tipos de processo em que o advogado já atuou
A última dica de ouro para você não cair em ciladas com um advogado previdenciário será buscar os processos em que ele ainda atua ou já atuou.
Desta maneira, você confirmará se o profissional tem, ou não, experiência e trajetória consolidadas no ramo do Direito Previdenciário.
Para isso, busque a OAB do profissional e a insira no campo de busca dos Tribunais Regionais Federais (TRFs) espalhados pelo Brasil.
Para te ajudar, vou colocar uma lista de todos os TRFs aqui:
- TRF-1: composto por ações previdenciárias dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins;
- TRF-2, composto por ações previdenciárias dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo;
- TRF-3, composto por ações previdenciárias dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul;
- TRF-4, composto por ações previdenciárias dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
- TRF-5, composto por ações previdenciárias dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Em breve, entrará em funcionamento o TRF-6, composto somente pelo estado de Minas Gerais.
Clicando em cada link da lista, você entrará na página de consulta processual e poderá fazer a busca desejada em que o advogado previdenciário já atuou.
Vamos imaginar que você queira alcançar uma aposentadoria aqui, no Paraná.
Neste caso, você terá interesse em saber sobre a reputação da Doutora Aparecida Ingrácio, assim como acerca dos processos em que ela atua como advogada.
Sendo assim, você deverá buscar ações da Doutora Aparecida, no TRF-4.
Outra dica rápida: será bom você fazer essa mesma pesquisa, em todos os TRFs, sobre a atuação do advogado previdenciário.
A maioria dos processos são eletrônicos. Então, é bastante comum que os profissionais tenham ações espalhadas em mais de um Tribunal.
Conclusão
Neste conteúdo, você ficou por dentro de 7 dicas essenciais para não cair em ciladas com um advogado previdenciário.
Fique atento a todas elas e lembre-se de utilizá-las quando você for procurar por um profissional para cuidar do seu caso.
Como o assunto é benefício previdenciário, você deve tomar muito cuidado na hora de escolher qualquer advogado.
Essa escolha te acompanhará para o resto da vida, dependendo da sua situação.
Portanto, leia e releia este conteúdo, quantas vezes achar necessário.
Inclusive, você conhece alguém que também precisa saber de todas essas dicas?
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Quanto mais pessoas souberem de como não cair em ciladas, melhor, não acha?
Agora, eu vou ficar por aqui. Até breve!

OAB/PR 92.875
Advogado-Pesquisador em Direito Previdenciário e Mestre em Direito Internacional e Europeu. Apaixonado por Música Popular Brasileira e um bom açaí na tigela.